Palestra no DETRAN-PR orienta menores que são flagrados dirigindo

O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) realizou nesta quinta-feira (30/06/11), em Curitiba, uma palestra educativa voltada para adolescentes que foram flagrados dirigindo sem carteira de habilitação. A iniciativa faz parte de uma parceria com a Vara do Adolescente Infrator do Paraná e reuniu mais de 30 jovens, com idade entre 13 e 17 anos, acompanhados de seus pais ou responsáveis. O objetivo é conscientizar as famílias sobre os perigos e as consequências de conduzir carros ou motos sem estar habilitado para isso.

Desde janeiro, o Detran já realizou três eventos para jovens infratores, que são convocados por determinação da Justiça. Na capital, as palestras acontecem a cada dois meses. “Este tipo de atividade é essencial, tanto para os adolescentes quanto para os pais, que muitas vezes permitem ou facilitam que seus filhos usem o carro, mesmo sem habilitação. Dirigir não é um direito, é uma concessão e exige responsabilidade e respeito às leis de trânsito”, disse o diretor-geral do Departamento, Marcos Traad.

O menor que for pego dirigindo sem CNH pode cumprir medidas protetivas até os 21 anos de idade e, dependendo da gravidade da infração, a determinação pode ser mais severa – no caso, por exemplo, de envolvimento em acidentes com vítimas. Dados do Detran revelam que em 2010, dos 6,8 mil motoristas paranaenses flagrados sem a habilitação que se envolveram em acidentes, cerca de 26% eram menores de 18 anos.

De acordo com os números da Vara do Adolescente Infrator, de todos os casos atendidos, 10% equivalem a este tipo de delito. Segundo a psicóloga da instituição, Rosemary Oliva, a aceitação dos pais e dos adolescentes é bastante positiva. “Dos convocados, cerca de 80% comparecem às palestras e o índice de reincidência está cada vez menor”, diz.

“A palestra é importante porque os jovens nessa faixa etária não têm maturidade suficiente para assumir a responsabilidade de um possível acidente de trânsito. Nessa fase eles querem e acham que podem viver perigosamente, mas esquecem que não têm experiência e que outras vidas também podem estar em jogo”, afirma ela.

Exemplo disso foi a situação vivida pelo adolescente P.A., de 17 anos, que por duas vezes pegou o carro da família escondido dos pais. Na segunda vez, envolveu-se em um acidente. “Além do grande prejuízo financeiro, meus pais tiveram dor de cabeça para negociar com o dono do outro veículo os danos que eu causei. Foi traumatizante, mas a história poderia ser pior”, conta.

O conteúdo programático inclui vídeos, debates e troca de experiências sobre as consequências legais, financeiras e também físicas e psíquicas dos acidentes. “Além de trabalhar a conscientização dos jovens e seus pais de que os riscos são muitos e não valem a pena, queremos também incentivar a multiplicação da boa conduta”, explica o coordenador de Educação para o Trânsito do Detran, Juan Ramon Sotto Franco.

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