TIRA DÚVIDAS

PRIMEIRA HABILITAÇÃO

Existe Licença/Autorização para fazer a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) antes de completar 18 anos?
R.: Não há no Código Brasileiro de Trânsito nenhuma possibilidade de fazer a CNH antes de completos 18 anos de idade, pois a Lei prevê que o condutor deverá ser penalmente imputável, e isso só ocorre após os 18 anos.

O cidadão emancipado poderá habilitar-se?
R.: Não.

Quanto tempo demora para tirar a primeira habilitação?
R.: Em média 120 dias para que sejam cumpridas todas as etapas legais.

Posso fazer a carteira direto no Detran?
R.: Não, deve procurar um Centro de Formação de Condutores.

Os exames são realizados no mesmo dia?
R.: Não, são em datas e horários diferentes.

Posso me habilitar de início na categoria "C" ou superior?
R.: Não. A primeira habilitação poderá ser na categoria "A" ou "B".

Para conduzir ciclomotor (mobilete, jaguar, etc) é necessário ser habilitado?
R.: Sim. É necessário possuir a ACC - Autorização para Conduzir Cilcomotor.

É necessário concluir a carga horária mesmo sabendo dirigir?
R.: Sim, como determina a legislação.

Já sei dirigir, se eu apresentar uma declaração de meu pai ou responsável, existe a possibilidade de fazer menos que as 20 horas/aulas obrigatórias para obter a CNH?
R.: Não há possibilidade, pois segundo a legislação vigente, o indivíduo não pode aprender a dirigir de outra forma a não ser por um Centro de Formação de Condutores com instrutor credenciado e após efetuar e ser aprovado nos exames teóricos.

Após ter sido aprovado no exame teórico/técnico receberei a Licença de Aprendizagem de Direção Veicular. Em posse desta posso treinar em qualquer veículo? 
R.: Apenas nos veículos cadastrados no Centro de Formação de Condutores ou do instrutor credenciado escolhido por ele, estes veículos atendem requisitos de segurança adicionais, próprios para a aprendizagem veicular.

O que acontece se eu reprovar em algum exame? 
R.: A reprovação em qualquer exame necessário à obtenção da habilitação acarreta em necessidade de pagamento de nova taxa referente aos serviços que serão prestados novamente pelo DETRAN e pelo Centro de Formação de Condutores. Conforme o exame o candidato somente poderá refaze-lo decorridos 15 dias após o exame que foi considerado inapto.

A taxa do Detran é paga na hora?
R.: Sim, é pré-requisito para o agendamento dos exames.

Por que os preços dos serviços para obter uma Carteira de Motorista diferenciam de um CFC para outro se o valor das taxas do DETRAN é o mesmo?
R.: Os Centros de Formação de Condutores (CFCs) são empresas privadas que possuem administrações independentes. O valor de uma carteira deve ser calculado não somente com base nos valores das taxas do DETRAN, mas também com base nos custos de cada CFC. A diferença acontece pelos CFCs oferecerem estruturas e serviços diferentes. Na hora de escolher um CFC para você ou algum familiar obter a CNH procure informar-se de quais serviços estão inclusos em contrato, a capacitação dos profissionais envolvidos e, principalmente, a preocupação da empresa com a correta formação de condutores. 


Qual o prazo de validade da PPD?
R.: O prazo de validade de Permissão para Dirigir (PPD) é de 12 meses.

A carteira provisória pode ser usada em todo território nacional?
R.: Sim, a carteira provisória é igual à definitiva, salvo que o condutor não pode ter nenhuma multa grave ou gravíssima ou ser reincidente em média no período enquanto estiver com a carteira provisória.

Quando terminar o prazo da carteira provisória, aguardo em casa a nova carteira?
R.: Não, você deverá se dirigir ao Detran para pedir a expedição da Carteira Definitiva e pagar a taxa.


PONTOS NA C.N.H.

Como funciona o sistema de pontuação de multas?
R.: Para o usuário que tem uma Carteira Nacional de Habilitação (CNH) provisória, o limite é de 04 pontos. E, para o usuário que tem uma CNH definitiva, o limite é de 20 pontos. Quando o limite é atingido, de acordo com a quantidade de multas recebidas e suas respectivas pontuações, o usuário recebe uma notificação comunicando a apreensão de sua CNH, devendo encaminhar-se ao setor de pontuação no prédio-sede do Detran. Confira a Pontuação da sua carteira.
Quais as punições para quem ultrapassa o limite de pontos?
R.: O atual Código de Trânsito Brasileiro entrou em vigor em 21 de janeiro de 1998. Por força da resolução n° 54/98 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), os pontos passaram a ter eficácia punitiva a partir de 21 de maio de 1998. Portanto, está sujeito a sofrer a punição de suspensão do direito de dirigir o condutor que atingir 20 pontos num prazo de 12 meses.

Perdi pontos na minha CNH (DEFINITIVA), posso renová-la? 
R.: Sim, desde que não tenha atingido o limite de 20 pontos e/ou tenha cometido infração gravíssima que acarrete em suspensão direta da CNH e realização do curso de reciclagem de condutor. É sempre interessante solicitar a renovação com antecedência ao vencimento para evitar transtornos.

Quem possui CNH modelo antigo (sem foto) tem obrigatoriedade de mudar para o modelo atual?
R.: Não, pode esperar o momento em que irá renovar a CNH. A cédula da CNH antiga tem a mesma validade que a atual, desde que o exame médico não esteja vencido.
Como são contabilizados os prazos para pontuação?
R.: Conta-se o prazo a partir da data da primeira multa após o dia 21 de maio de 1998. Se no prazo de 12 meses o condutor atingir os 20 pontos, responderá a procedimento administrativo, cujo resultado poderá ensejar eventual punição. O sistema não é zerado quanto à pontuação, mas perde o potencial punitivo após o decurso do prazo.

O Detran comunica os motoristas que excederam 20 pontos?
R.: Sim. Quando o limite é atingido, de acordo com a quantidade de multas recebidas e suas respectivas pontuações, o usuário recebe uma notificação comunicando a apreensão de sua CNH, devendo encaminhar-se ao setor de pontuação no prédio-sede do Detran. Além disso, o Detran publica, no Diário Oficial do Estado, a relação de condutores que atingiram a soma de 20 pontos.

Qual o procedimento para recuperar a CNH suspensa?
R.: O condutor penalizado deverá, obrigatoriamente, freqüentar o curso de reciclagem para reaver sua habilitação. O curso de reciclagem pode ser realizado nos Centros de Formação de Condutores (CFCs), ou na Divisão de Educação de Trânsito do Detran, para os condutores registrados na Capital. Lembre-se que é dever de todos os condutores e proprietários de veículos manterem atualizados seus endereços no órgão de trânsito.

Qual a forma mais rápida para se obter informações sobre multas e licenciamento?
No balcão de informações do prédio sede do Detran é possível obter os dados de todos os procedimentos. O cidadão também pode receber informações pelo "Detran Informa", no telefone 1514 (SÃO PAULO), ou na página de multas do Detran, neste portal.

Em dias de rodízio, posso ser multado mais de uma vez?
R.: Sim. O rodízio municipal de veículos estabelece dois períodos de proibição de tráfego: das 7 às 10 horas e das 17 às 20 horas, podendo o usuário ser multado uma vez em cada período.

Para onde devo ir se meu veículo for guinchado?
R.: Na Capital, deve dirigir-se ao Setor de Apreensão e Liberação, localizado no 5° andar do prédio do Detran, onde serão calculados os débitos relativos à estadia e ao guinchamento do veículo, se houver. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas.

O que fazer quando o documento do veículo é apreendido?
R.: O proprietário do veículo, o condutor constante do Certificado de Recolhimento e Remoção (CRR), ou seu procurador legal (procuração com firma reconhecida por semelhança), deve ir à Ciretran onde registrou o veículo, e lá será informado sobre o procedimento específico para a liberação.

Como recorrer de uma multa?
R.: Deve-se redigir um requerimento (ou utilizar o modelo padrão elaborado pelo DSV), anexar cópias do RG, Carteira Nacional de Habilitação, documento do veículo e da multa recorrida, bem como outros documentos que venham comprovar o alegado no apelo, e entrar com processo no térreo do prédio sede do Detran, desde que se trate de multa lavrada no município de São Paulo pelo DSV ou pelo Detran.

Como recorrer de uma multa lavrada pelo DNER, DER ou Cetesb?
R.: Quando tratar-se de multa lavrada pelo DNER, DER ou Cetesb, o interessado deve se dirigir ao órgão correspondente. Da data em que a multa é lavrada, o órgão responsável pela autuação tem o prazo de 30 dias para expedir a notificação a fim de que o proprietário do veículo indique, no prazo de 15 dias do recebimento da notificação, o condutor infrator. A indicação deve conter a assinatura do proprietário do veículo e a do condutor infrator.

Como proceder após a indicação do condutor infrator?
R.: O Detran recomenda que o proprietário do veículo guarde consigo cópia da indicação e de sua remessa ao órgão autuante. Ao receber a indicação do condutor infrator, o órgão autuante deve informar o Detran para fins de inclusão da pontuação no prontuário respectivo. Ultrapassada esta fase, o órgão autuante remeterá ao proprietário do veículo a multa propriamente dita. E, a partir da data, o condutor autuado tem o prazo de 30 dias para interpor recurso em primeira instância.

Quais informações devem conter no recurso?
R.: O recurso deve conter as razões do apelo, cópia da cédula de identidade e do documento do veículo, bem como a multa recorrida. São competentes para julgar os recursos em primeira instância as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações de Trânsito (Jaris). Para cada órgão autuante existe um rol de Jaris para julgar os recursos. Na cidade de São Paulo, para infrações lavradas pelo Detran e DSV/CET, existe no térreo do Detran um serviço de recebimento de recurso para posterior remessa à Jari competente para julgá-lo.

Qual é o órgão responsável por julgar o recurso de infração?
R.: O Detran não é órgão julgador de recurso de infração. O condutor autuado em município diverso daquele no qual reside pode protocolar seu recurso na Ciretran de sua cidade ou na Divisão de Controle do Interior, instalada no 8° andar do Detran, que o encaminhará à Jari competente para julgá-lo.

Como proceder para recorrer em segunda instância?
R.: Improvido o recurso em primeira instância, o condutor tem o prazo de 30 dias contados do recebimento do resultado do julgamento para recorrer em segunda instância junto ao Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), instalado no 5° andar do Detran, devendo, por imperativo legal, e como pré-requisito, quitar o débito que, na hipótese de provimento, receberá o impetrante o valor restituído, devidamente atualizado. Tanto em primeira quanto em segunda instância, o deferimento do recurso acarreta a exclusão da pontuação no prontuário.


RENOVAÇÃO
  
Quem ainda tem a CNH antiga deverá fazer cursos para renová-la?
R.: Sim. Os motoristas que possuem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) anterior a 19 de novembro de 1999, e forem renová-la, terão que fazer os cursos de Primeiros Socorros e Direção Defensiva.

O que é preciso fazer para renovar a CNH?
R.: Para renovar a CNH são necessários os seguintes documentos: original da CNH, devidamente registrada nesta Capital; original e cópia do RG e do CPF, uma foto 3X4 colorida e recente com fundo branco, cópia e original (para simples conferência) do comprovante de residência emitido até três meses imediatamente anteriores à data da solicitação realizada pelo interessado, que poderá ser: extrato bancário, conta de luz, telefone, IPTU. Também serão aceitos em casos de filhos, pais ou cônjuge mediante comprovação (RG, certidões de nascimento ou casamento). Além disso, são exigidos os exames médico e psicotécnico, que podem ser realizados em clínica de sua preferência, desde que seja credenciada pelo Detran-SP, mediante os pagamentos das taxas na própria clínica. Realizados os exames, deve se dirigir à rede de bancos autorizados, para recolher a taxa referente à expedição da nova CNH. Na Capital, o condutor deve se dirigir ao Setor de Renovação da CNH do Detran, para apresentar a planilha com laudo do médico e do psicólogo, e os documentos acima citados, com a taxa já recolhida. Na Grande São Paulo e interior o condutor deve procurar a Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito).

Onde o motorista pode fazer os exames médico e psicológico?
O condutor poderá realizar seus exames médico e psicológico em qualquer clínica credenciada pelo Detran de São Paulo, sendo exceções as Ciretrans onde há divisão eqüitativa na distribuição dos condutores às clínicas credenciadas. Motoristas portadores de deficiências físicas devem realizar seus exames em clínicas especializadas para o atendimento ao deficiente físico. O condutor poderá deixar de realizar o exame psicológico quando não usar a CNH para exercer atividade remunerada. O Detran divulga, em seu site (www.detran.sp.gov.br) os endereços das clínicas credenciadas, agrupadas por região na Capital.

O condutor precisa fazer algum curso para renovar a CNH?
Para a renovação da CNH o condutor deverá realizar o curso, ou prova sobre Direção Defensiva e Primeiros Socorros, nas instituições credenciadas pelo Detran-SP. Estão dispensados do curso os condutores que de alguma forma já cursaram tais disciplinas em alguma circunstância, como, por exemplo, condutores que tiraram a 1ª CNH a partir de 22/11/99, quando realizaram o curso de 30 horas/aulas exigidas pela CTB; condutores de transporte escolar, coletivo, produtos perigosos, emergência, condutores infratores que fizeram reciclagem, médicos e psicólogos credenciados, instrutores, diretores geral e de ensino, policiais Civis, Militares, Forças Armadas e guardas municipais, entre outros. O Detran-SP realiza as provas gratuitamente. O condutor deve estudar as apostilas, que podem ser acessadas no site do Detran para impressão - o serviço é gratuito. O Setor de Renovação e 2ª Via da CNH funciona das 8 às 17 horas - de segunda a sexta-feira.

Qual o prazo de validade da nova CNH?
R.: Para motoristas com até 65 anos: validade de 05 anos e para motoristas com mais de 65 anos: validade de 03 anos.



ATIVIDADE REMUNERADA

As Resoluções 168 e 169 do Conselho Nacional de Trânsito criaram também novos procedimentos para motoristas que exercem atividades de remuneradas como transporte de passageiro (táxis, ônibus, vans) ou de carga.
Confira as mudanças e tire suas dúvidas sobre os procedimentos:

O que muda para os motoristas que exercem atividade remunerada?
R.: A partir de agora, ao renovar a carteira, todos terão que fazer avaliação psicológica e registrar que exerce atividade remunerada na carteira de habilitação. Motoristas de ônibus e vans (inclusive de transporte escolar), motoristas de veículos de emergência e motoristas de transporte de cargas perigosas terão que fazer cursos especializados e registrá-los na carteira.

Os motoristas que exercem atividade de transporte remunerado têm de realizar prova de atualização para renovar a Carteira Nacional de Habilitação?
R.: Os motoristas que exercem atividade remunerada habilitados até janeiro de 1998 têm de fazer prova de atualização, tal como os demais condutores, ao renovar a Carteira Nacional de Habilitação. É o caso dos taxistas, por exemplo. Apenas, os motoristas aprovados em cursos especializados ou de atualização para condutores de veículos não precisam realizar o teste. Isso porque esse grupo recebe aulas de Direção Defensiva e Primeiros Socorros, conteúdo cobrado na prova, durante o curso.

Os motoristas que exercem atividade remunerada têm de fazer avaliação psicológica toda vez que renovar a CNH?
R.: Sim. Os condutores profissionais, independentemente da data de retirada da Primeira Habilitação, precisam passar por avaliação psicológica antes do exame de aptidão física e mental na ocasião da renovação da CNH.

A carteira de motorista apresentará a informação de que o motorista exerce atividade remunerada?
R.: Sim. A CNH trará a informação de que o motorista está apto a exercer transporte remunerado. O Detran só poderá incluir este dado na CNH do motorista após aprovação na avaliação psicológica.

O motorista que exerce atividade remunerada tem a opção de não registrar a informação na CNH?
R.: Não. Na abertura do processo de renovação da CNH, o motorista tem de apresentar uma declaração de que exerce ou não atividade remunerada sob as penas da lei.

O que deve fazer o motorista caso mude de condição e passe a exercer atividade remunerada?
R.: A qualquer momento, o motorista pode solicitar a inclusão na CNH da informação de que ele exerce atividade remunerada. Ele deve, no entanto, submeter-se a avaliação psicológica.





TROCA A MARCHA DO CARRO NA HORA CERTA


Câmbio de seis marchas

Na hora de trocar de marcha que número o conta giro deve marcar?
- João
Para troca das marchas existe uma faixa de giros limite para cada motor. Nos carros que dispõem de marcador de giros, esse limite é a faixa vermelha, geralmente em torno de seis mil giros. Acima disso o carro estará extrapolando seu limite de rotações e corre-se o risco de danificá-lo. Porém, trocar as marchas no limite só serve se você quiser andar muito rápido, literalmente no limite, o que não é possível nas cidades e mesmo nas estradas, dado o limite de velocidade.

Desrespeito ao limite  de rotações pode danificar o motor


O meu carro não tem conta giros. Como posso saber a hora exata de trocar de marcha? - Dudu Recanto Quando seu carro não dispõe de marcador das rotações do motor o ideal é se basear pela velocidade. Alguns carros até contam com uma marca no velocímetro para facilitar, mas como regra pode-se adotar o seguinte esquema: ao arrancar, procure não esticar demais a primeira marcha, ao atingir 20 km/h já é o suficiente para trocar pela segunda. Na segunda utilize até 30 ou 35 km/h, passe para a terceira e nela permaneça até no máximo 45 ou 50 km/h. Na quarta vá para 60 km/h e se for andar por determinado tempo nessa velocidade passe para a quinta marcha. Se você estiver em uma estrada em que a velocidade limite for de 120 km/h, por exemplo, você pode acelerar em terceira até 60 km/h, depois na quarta até 90 km/h e na quinta até os 120 km/h.

Existe um tempo mais longo ou curto de marcha? Quando engato a primeira vai muito lento e, logo no início da arrancada, vai devagar. De repente, dá um tranco e vai bem mais rápido. Qual a explicação para isso?
- Carolina Isso é uma característica do seu carro. O que ocorre é que a relação de marchas não é tão confortável. Em alguns modelos, principalmente os populares, se prioriza o uso urbano, com escalonamento de marchas mais reduzido. Ou seja, priorizando a força. Essa característica deixa o carro rápido nas arrancadas, mas também com muitos solavancos ao se tirar o pé do acelerador.
A troca de marchas varia conforme o automóvel, pois, mesmo carros parecidos, podem ter motores e relação de marchas com concepções diferentes. Isso altera o modo de dirigir. Mas como via de regra a troca de marchas em torno dos dois mil giros está adequada. O que é importante observar é se o carro não fica rateando – a marcha utilizada está acima, é preciso reduzir - ou se o motor fica roncando alto, “esgoelando” – está abaixo do recomendado, é preciso subir uma marcha.


É recomendável usar a marcha até a velocidade limite antes de trocá-la, ou isso desgasta mais o conjunto?
- Roberto Perrotti Utilizar as marchas até o limite de cada uma não é recomendável. Isso você deve utilizar apenas em casos de necessidade, como em uma ultrapassagem, por exemplo. Fora disso, ou em uso constante dessa prática, o motor sofrerá desgaste prematuro e no caso dos giros ultrapassarem a faixa limite incorre na quebra.

Algumas pessoas afirmam que é possível trocar a marcha sem pisar na embreagem, quando há uma relação bastante estreita entre o motorista e o carro. Isso procede, ou é apenas mais um mito?
- André Isso é verdade sim. Nos carros de competição acontece isso, mas em corridas os pilotos estão utilizando o extremo dos carros e quando acaba uma prova o veículo vai para revisão. Em carros de rua não é indicada essa prática, pois, por melhor que seja a condução do motorista, o conjunto não estará sendo utilizado de forma correta e o desgaste das peças de transmissão se dará em menos tempo.


Conta giros

É mais recomendável trocar a marcha quando a rotação do motor (rpm) está em dois mil giros por segundo? - Shigueiuki MoritaA troca de marchas varia conforme o automóvel, pois, mesmo carros parecidos, podem ter motores e relação de marchas com concepções diferentes. Isso altera o modo de dirigir. Mas como via de regra a troca de marchas em torno dos dois mil giros está adequada. O que é importante observar é se o carro não fica rateando – a marcha utilizada está acima, é preciso reduzir - ou se o motor fica roncando alto, “esgoelando” – está abaixo do recomendado, é preciso subir uma marcha.

É verdade que seu eu arrancar o carro com o giro do motor muito alto no ponto morto, quando eu encaixar a primeira pode quebrar o motor? - Andre Luis Se o carro estiver parado, em ponto morto, e o motorista começar a acelerar, não acontece nada, apenas o consumo de combustível desnecessário. Se o motorista mantiver o carro acelerado e engatar uma marcha, ele vai precisar antes disso, acionar o pedal da embreagem, e uma vez acionada a embreagem é impossível quebrar alguma peça no motor. Se o motorista engatar a primeira marcha e continuar com o motor em alta rotação, quando tirar o pé da embreagem o carro vai sair abruptamente e cantando os pneus.

O óleo do câmbio deve ser completado ou trocado a cada quantos quilômetros? 
- Airton
Antigamente era necessário fazer a troca a cada 10 mil quilômetros. Hoje, os óleos evoluíram bastante, mas ainda assim o câmbio manual deve ser verificado a cada 10 mil quilômetros e, se necessário, completar. Alguns fabricantes recomendam trocá-lo aos 30 mil; outros, aos 50 mil. O certo então é verificar o que o fabricante do seu carro pede e seguir a recomendação.

Qual o nome da peça que substitui o eixo cardã? Como funciona esta relação de 1:1?
- João Dias Neto
Na verdade não existe uma peça que substitui o eixo cardã, o que ocorre é que em carros com o motor e a tração na dianteira, por exemplo, o câmbio e o diferencial estão acoplados junto ao motor. Em carros com o motor na dianteira e a tração traseira, por exemplo, é necessário o eixo cardã para fazer essa ligação entre a transmissão – que fica próxima ao motor ou no centro do carro – e o diferencial – na traseira.

A relação de 1:1 significa que uma rotação no motor compreende uma rotação na transmissão. O sistema de transmissão adota engrenagens com diferentes números de dentes para multiplicar ou reduzir a força do motor de acordo com a marcha selecionada. Como por exemplo, segue a relação de marchas do jipe Troller T4. Na primeira marcha o motor gira 4,473 para uma rotação nas rodas. Na segunda 2,458:1, terceira 1,472:1, quarta 1,000:1 e na quinta marcha 0,725:1. A relação do diferencial é de 4,090:1. Essa diferença de rotação é um equilíbrio que a transmissão faz. Tanto a caixa de marchas, quanto o diferencial fazem essas reduções ou multiplicações para a dirigibilidade e o conforto ficarem adequados a cada velocidade.

Quando o chamado “freio-motor” é utilizado com a caixa de marcha, corre-se o risco dela quebrar?
- Luís Saraiva Não corre o risco de quebrar, aliás, essa prática é recomendada, pois aumenta a segurança, ao contrário de andar com o motor desengrenado, já que o carro fica menos controlável. Também ocorre o superaquecimento dos freios que pode ocasionar uma fadiga.

Nas auto-escolas sempre ensinam os novos motoristas a trocar as marchas rapidamente, sem forçar ao motor, algo como no máximo de 2000 a 3000 rpm. Isto funciona na prática?
- André Lago Isso é recomendável, sim. Na verdade, quando se troca de marchas rapidamente o que acontece é que se economiza combustível, pois o motor não abaixa muito as rotações de uma marcha para a outra. Além disso, o carro fica menos tempo desengatado, e engrenado fica mais a “mão”, ou seja, com melhor dirigibilidade.

Sempre que estou numa descida eu coloco no neutro. Já me disseram que isso estraga o carro. É verdade?
- Maurenice Ramalho Neste caso não é uma questão de estragar o carro, o problema visto nessa condição é a falta de segurança. Se for necessário efetuar uma frenagem rápida o carro vai percorrer uma distância maior. Se você também precisar fazer uma correção na direção o carro não terá tanto controle como se estivesse engrenado.

Como funcionam simultaneamente os dois diferenciais do Jeep Willys quando a tração nas quatro rodas está engatada de forma que não danifique o sistema na hora de fazer uma curva, por exemplo?
- Arlei Fonseca Os diferenciais de veículos com tração nas quatro rodas funcionam pelo mesmo princípio. Quando ocorre uma curva, o diferencial, tanto dianteiro quanto traseiro permite que as rodas de dentro da curva girem menos que aquelas que estão do lado de fora. No caso de uma das rodas apresentar uma demasiada diferença na rotação, como acontece em buracos ou pisos irregulares, a força é redistribuída para as demais, a fim de permitir que o veiculo supere os obstáculos.


USO CORRETO DA EMBREAGEM

Ao contrário do freio-motor, vício de deixar o pé na embreagem pode levar a desgaste

Tenho um Corsa Hatch, modelo 2002. A embreagem dele está mais dura, isto é correto?
- Jorge Luiz Duarte
A embreagem de um automóvel endurece com o tempo de uso, é normal. Mas isso só acontece depois de muitos anos. Em alguns casos, esse “peso” na embreagem indica desgaste, principalmente se estiver associada ao pedal alto, ou seja, quando o motorista precisa tirar bastante o pé para o veículo entrar em movimento. Contudo, um motorista mais zeloso consegue manter a embreagem suave por mais tempo. Uma boa dica é evitar de segurar o carro em subidas apenas na embreagem. Quando enfrentar uma ladeira e tiver de parar, pise no freio e se for o caso utilize também o freio de mão, mas evite ao máximo de manter o carro parado somente na embreagem. Também evite de ficar parado no semáforo com o pé fincado na embreagem e nas trocas de marcha pise até o final entre uma marcha e outra. Também nunca deixe o pé apoiado no pedal da embreagem quando estiver em movimento.




AJUSTE CORRETO DO ESPELHO RETROVISOR DO CARRO



Saber ajustar de maneira correta os espelhos retrovisores laterais é uma questão de segurança, pois o chamado “ponto cego” — quando o ângulo do espelho prejudica a visibilidade de objetos próximos ao carro — pode ser o responsável de sérios acidentes no trânsito, especialmente quando envolvem pedestres ou motocicletas. O G1 responde às perguntas dos internautas e dá dicas de como ajustar corretamente os espelhinhos. Confira abaixo.

'Ponto cego' pode causar acidentes

Gostaria de saber como evitar o ponto cego na hora de ajustar o retrovisor.
- Dirce Mendes Para saber se os retrovisores externos estão cobrindo o maior ângulo ao redor do automóvel, o mais correto é colocar duas referências de cada lado do carro para usar como base. Por exemplo, utilizar um cone e pedir para alguém movê-lo em direção à dianteira do veículo e também para o lado de fora. De preferência, coloque também uma vassoura dentro do cone, isso facilita o ajuste, caso contrário seu acerto vai mostrar mais chão do que outros veículos ao seu redor. Faça isso dos dois lados e posicione o retrovisor de forma a visualizar o mínimo do cone ou da vassoura – se aparecer uma pontinha do cone (parte inferior), melhor -, mas também uma parte do seu automóvel, mesmo que seja um cantinho. O melhor ajuste é esse, vai cobrir a maior área ao redor do veículo na melhor posição para você.




REGULAGEM DO BANCO DO MOTORISTA


Veja dicas de ergonomia para quem vai dirigir
Foto: TV Globo/Reprodução
Braços devem ficar dobrados
Braços esticados 
Sentar no carro do jeito certo diminui os riscos. Segundo o ortopedista Etevaldo Coutinho, especialista em coluna , a posição correta é estar com as duas mãos no volante, e o cotovelo levemente refletido. Dirigir com os braços esticados pode trazer traumatismo e fraturas.
Foto: TV Globo/Reprodução
Pernas deve ficar levemente dobradas
Pernas dobradas
O motorista não deve ter que esticar as pernas para alcançar os pedais. As pernas devem ficar dobradas em um ângulo de 90º e 95º. 
Foto: TV Globo/Reprodução
Calcanhar deve ficar apoiado no piso
Calcanhares no chão 
E os calcanhares devem estar sempre apoiados no chão. E o motorista não deve usar sapato com salto ou dirigir calçando chinelos.




ANDAR COM A MOTO NA CHUVA


Se puder evitar pilotar na chuva, melhor

Capacete, botas, luvas, jaqueta ou macacão, independentemente do seu estilo e da finalidade de uso da motocicleta, o importante é pilotar seguro. Lembre-se que em se tratando de equipamento de proteção é preciso escolher aquele que atenda não só o bolso, mas também a proteção mínima.

Devidamente equipado, é hora de acelerar a máquina. Antes de tudo, é preciso ter em mente que a postura é fundamental. Coluna ereta, braços relaxados e pés paralelos ao solo. As mãos precisam ficar bem posicionadas para acionar os manetes, tanto da embreagem quanto do freio dianteiro. Já os pés precisam estar próximos ao freio e ao pedal do câmbio de marchas. Tudo isso se faz necessário para que as reações sejam rápidas em todas as circunstâncias da pilotagem.


O cuidado deve ser redobrado para pilotar na chuva. Se puder evitar é melhor, uma vez que a visibilidade fica comprometida. Mas, se não tiver outro jeito, antes de mais nada o ideal é ter uma roupa apropriada, pois o desconforto compromete a pilotagem. Andar na chuva requer alguns cuidados que podem fazer uma enorme diferença em termos de segurança. Antes de enfrentar a chuva é necessário diminuir a pressão dos pneus, um pouco apenas, pois essa circunstância requer mais aderência ao solo. A pressão pode variar conforme a condição, mas lembre-se de não baixar muito. Feito isso, não vá esquecer de calibrar os pneus quando parar a chuva.

Com a pista molhada estar atento às poças d’água, pois escondem buracos, pedras ou até mesmo causar uma aquaplanagem, condição em que as rodas perdem contato com o solo. Diminua a velocidade e evite passar sobre elas. Ao percorrer trechos urbanos evite passar pelo canto interno das curvas. Nessa região fica toda a sujeira do asfalto, principalmente resíduos dos veículos pesados
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As faixas pintadas no asfalto costumam ser escorregadias mesmo no seco, portanto, evite andar por elas e mais ainda, evite acelerar ao passar. O mesmo vale para o momento de parar. Frear a motocicleta exige a distribuição entre os freios dianteiro e traseiro. O adequado é que essa proporção seja de 70% na roda dianteira e 30% na roda traseira, porém sempre de modo gradual e contínuo até a moto parar. Se frear no seco já exige cautela, com o piso molhado a atenção deve ser maior. A pressão que se exerce nos freios com chão seco deve ser a mesma nas condições molhadas, mas pelo fato de o disco de freio estar molhado, pode ocorrer certo retardo na ação de frear.

Normalmente, o motociclista acaba aumentando a pressão nos freios, mas isso pode acarretar em grave queda, pois, embora o disco esteja molhado, conforme as pastilhas se comprimem contra o disco, a superfície seca. Quando isso ocorre o freio pode travar repentinamente. Portanto,com chuva é preciso frear com muita cautela, mesmo nas emergências. Cuidado também com as manchas no asfalto: elas podem indicar algum problema, como óleo ou alguma substância escorregadia, desníveis de pista ou objetos soltos. Se for preciso, corrija a trajetória, porém sem se esquecer do tráfego a sua volta

Transitar pela cidade pode parecer fácil, mas não é. O tráfego pesado exige muita cautela do motociclista. O correto seria ocupar uma faixa toda, assim como um carro ocupa, mas essa prática eliminaria a vantagem da moto no trânsito pesado, ou seja, serve apenas para o motociclista que está passeando, sem compromisso com as horas. Assim sendo, a primeira dica é ver e ser visto. Andar com o farol aceso, mesmo durante o dia, além de ser uma exigência do novo código de trânsito, é sempre mais seguro. Apesar de ser possível conduzir a moto por entre os carros, evite essa prática, principalmente em vias mais rápidas. O ideal é utilizar o corredor em vias lentas ou quando o tráfego está mais devagar.

Na ultrapassagem a regra é a mesma para os carros, ou seja, não se deve passar pela direita. Quando parar em um semáforo procure ocupar apenas uma faixa e, de preferência, o lado direito quando tiver mais de uma pista. Se for parar logo atrás de um automóvel procure respeitar a distância mínima. Se acontecer de algum carro que vem atrás não conseguir parar, desse modo o motociclista não será prensado no carro da frente.

O mais importante de tudo é a atenção. Tenha sempre cuidado, ele nunca é demais e curta todo visual que somente quem está a bordo de uma motocicleta é capaz de viver.


Tráfego pesado exige muita cautela do motociclista
Transitar pela cidade pode parecer fácil, mas não é. O tráfego pesado exige muita cautela do motociclista. O correto seria ocupar uma faixa toda, assim como um carro ocupa, mas essa prática eliminaria a vantagem da moto no trânsito pesado, ou seja, serve apenas para o motociclista que está passeando, sem compromisso com as horas. Assim sendo, a primeira dica é ver e ser visto. Andar com o farol aceso, mesmo durante o dia, além de ser uma exigência do novo código de trânsito, é sempre mais seguro. Apesar de ser possível conduzir a moto por entre os carros, evite essa prática, principalmente em vias mais rápidas. O ideal é utilizar o corredor em vias lentas ou quando o tráfego está mais devagar.

Na ultrapassagem a regra é a mesma para os carros, ou seja, não se deve passar pela direita. Quando parar em um semáforo procure ocupar apenas uma faixa e, de preferência, o lado direito quando tiver mais de uma pista. Se for parar logo atrás de um automóvel procure respeitar a distância mínima. Se acontecer de algum carro que vem atrás não conseguir parar, desse modo o motociclista não será prensado no carro da frente.

O mais importante de tudo é a atenção. Tenha sempre cuidado, ele nunca é demais e curta todo visual que somente quem está a bordo de uma motocicleta é capaz de viver.




CONTROLAR O CARRO EM SITUAÇÃO DE RISCO

Uma velocidade controlada previne contra grandes sustos na estrada.
Manter os pneus em boas condições ajuda a evitar a aquaplanagem.


Apesar de dirigir com todo o cuidado, prestar atenção e seguir a sinalização, o caminho do motorista está sujeito a surpresas o tempo todo. Algumas vezes esses imprevistos podem ser um tanto desagradáveis. Em razão disso, ao se deparar com uma situação diferente é preciso reagir com rapidez e, ao mesmo tempo, com a calma necessária. Para conseguir essa proeza, um pouco de informação ajuda, e bastante.

Uma situação que pega muita gente de surpresa é a aquaplanagem. Com a pista molhada uma fina camada de água pode se formar entre os pneus e o solo. Essa camada faz com que o carro perca o contato com o chão e assim o automóvel pode deslizar sem controle algum do motorista. Em geral a aquaplanagem pode ocorrer acima dos 50 km/h, mas conforme o volume de água já pode interferir no controle do carro mesmo aos 30 km/h. Manter os pneus em boas condições ajuda a evitar esse imprevisto.

Mas se você se deparar com uma condição dessas, o melhor a fazer é tirar o pé do acelerador gradativamente. Não pise na embreagem, é de extrema importância manter o veiculo engrenado, principalmente nessa situação. Não pise no freio nem vire o volante bruscamente. É importante manter o carro em linha reta. Ao perceber que o carro está perdendo o contato com o solo, alivie o pé do acelerador e vire suavemente a direção para direita e par esquerda até sentir que o contato com chão foi restabelecido.

Uma derrapagem também é situação que amedronta motoristas. Nos carros com tração nas rodas dianteiras a tendência é sair de frente, ir reto em uma curva, por exemplo. Se acontecer isso com você, não pise no freio, tire o pé do acelerador e gire o volante para dentro da curva com a intenção de retomar a trajetória da pista.


Já nos automóveis com tração nas rodas traseiras a tendência é sair de traseira, ou seja, a parte dos fundos do carro escorrega para o lado de fora da curva. Nesse caso tire o pé do acelerador e gire o volante para o lado contrário da curva até que o automóvel recupere a trajetória e fique reto para a curva.
 

Lembre-se que qualquer carro pode sair de frente ou de traseira. Se for a frente que desgarrar vire o volante para a curva. Se for a traseira que desgarrar vire o volante para o lado contrário. Em qualquer condição retome a aceleração de forma gradativa.

Outra situação mais corriqueira na vida dos motoristas são os buracos. Sempre presentes nas estradas e nas cidades, é importante desviar deles sim, mas tomando o devido cuidado para não comprometer a segurança. Velocidades elevadas dificultam uma eventual necessidade de desvio e também pode comprometer o controle do carro. Por isso, algumas vezes é melhor ter uma roda amassada ou um pneu estourado do que descer barranco abaixo. Se perceber que não vai conseguir desviar de um buraco, mantenha o volante reto e não pise bruscamente no freio. Só o fato de aliviar o acelerador já ajuda.

Se ao passar por um buraco o pneu estourar ou esvaziar com o carro em movimento, não pise no freio. Provavelmente a direção vai puxar para um dos lados, mas tenha calma e procure manter o veiculo em linha reta. Tire o pé do acelerador e deixe o carro perder velocidade. Quando tiver o controle do carro indique a parada de emergência e saia para o acostamento. Lembre-se que muitas vezes um pneu furado pode ser uma cilada, assim procure encostar o carro em local que julgue ser seguro, mesmo que tenha que andar um pouco mais com velocidade reduzida.

Uma boa dica é, após pegar um buraco e não tiver o pneu furado ou estourado, faça uma inspeção para verificar se não surgiu uma bolha ou alguma rachadura. Se acontecer isso, mantenha esse pneu no estepe, ou nas rodas traseiras.



DIREÇÃO DEFENSIVA



No trânsito não basta estar à bordo de um automóvel confiável, com a manutenção em dia e bem conservado. É preciso também prever reações do carro que segue à frente, do que está ao seu lado e de quem aparece no retrovisor. A atenção é fundamental o tempo todo.

A má conduta de alguns motoristas não só irrita os demais, como pode acarretar em acidentes, principalmente nas grandes cidades, em que um carro  quebrado ou batido gera congestionamento e todos os motoristas pagam o preço. Para não cometer erros e também para se ligar nas falhas mais cometidas pelos motoristas, elaboramos uma série de situações que servem de alerta para todos.

Manutenção
A manutenção é uma regra fundamental para não passar apertos no trânsito. Se o motorista não verificar o nível de água e óleo do motor, o veículo pode ter uma pane. Freio que falha é acidente em cheio. Pneu descalibrado torna o automóvel difícil de conduzir. Suspensão desequilibrada em conseqüência de amortecedores vencidos também coloca os ocupantes em risco. Portanto, manutenção em dia é questão de segurança


Carros quebrados atrapalham o trânsito e causam transtornos a outros motoristas
Como ver e ser visto é imprescindível no trânsito, os faróis devem estar regulados. Lembre-se que certas lojas fazem esse ajuste de graça, assim não justifica andar com o farol desregulado. Por outro lado, de nada adianta manter a regulagem se uma lâmpada queimar. Adote o hábito de sempre conferir o funcionamento das laternas, setas, luz de freio e ré. 

Outro detalhe que passa despercebido é a sujeira no vidro. É bastante comum motoristas que não completam o reservatório de água do limpador do parabrisa. Algumas sujeiras podem tirar boa parte da visibilidade. Acionar o limpador sem água espalha toda a sujeira e mais atrapalha a visão do que ajuda. 
Dia-a-dia
No trânsito, a cidadania é sempre bem-vinda. Dentro de túneis o farol aceso é essencial. Se o seu carro é de cor clara, utilize os faróis mesmo durante o dia, para que o veículo seja visto com mais facilidade. O mesmo vale para carros escuros durante a noite. E não basta a lanterna ou meia luz ligada. Aliás, andar com o automóvel de luz apagado ou apenas com lanterna acesa durante a noite é infração de trânsito. Fique atento. Nos dias chuvosos ou com neblina o uso dos faróis também é obrigatório.


Não basta a lanterna ou meia luz ligada à noite

Vale ressaltar que a lanterna de neblina - aquela luz mais forte na traseira do carro - só deve ser utilizada em caso de nevoeiro. Em dias normais, o facho de luz incomoda os motoristas que veem atrás. 

Falta de atenção
Quem nunca viu uma cena assim: o trânsito segue num anda e pára. De repente alguém dá uma pancada na
traseira de outro carro. O motorista da frente olha pelo retrovisor e vê o motorista que bateu com o celular na mão. Pois é, manter-se concentrado no trânsito é primordial. Falar ao celular, perder tempo excessivo olhando para o rádio ou simplesmente distrair-se com os demais ocupantes é um risco para o motorista.






É necessário manter uma distância segura do veículo à frente

 
A falta de atenção compromete além da direção do seu próprio veículo, a capacidade de perceber os demais ao seu redor. Imagine todo mundo falando ao celular ao mesmo tempo em que dirige? Pois bem, saiba que o motorista ao seu lado não imagina o que você vai fazer adiante, deste modo, sinalize sempre a sua intenção. Lembre-se que não basta ligar a seta já em cima de uma curva, por exemplo.

Outra regra básica da direção segura é manter uma boa distância do carro à frente. Em caso de emergência, você terá mais tempo para reagir, diferente daquele que anda colado no outro automóvel. Na estrada, ande pela esquerda só durante a ultrapassagem. É uma atitude simples, mas difícil de presenciar no dia-a-dia. A mania de andar na faixa da esquerda prejudica o fluxo na estrada.



Na estrada, a pista da esquerda deve ser usada somente para ultrapassagens
Lembre-se que você deve ter conhecimento de tudo o que acontece ao seu redor no trânsito. Utilize sua visão periférica para fazer uma varredura de tudo, inclusive de pedestres e ciclistas. Não esqueça que os retrovisores devem ser consultados todo o tempo.

Se a região por onde trafega é desconhecida, vá mais devagar. Diversos fatores podem causar uma surpresa desagradável, como um buraco, por exemplo. Se estiver procurando um endereço, fique atento aos demais motoristas. Não pare o carro no meio da rua, muito menos em fila dupla. Coloque-se no lugar do outro.

Há sempre gente estressada por aí que muitas vezes procuram descontar a raiva ou o seu descontentamento nos outros motoristas. Não revide, não dê atenção às provocações. Siga o seu caminho em segurança.
 





DIRIGIR NO EXTERIOR

Antes de embarcar é importante pesquisar as exigências do país de destino. Uma forma de evitar qualquer dor de cabeça é tirar a licença internacional, conhecida por Permissão Internacional para Dirigir (PID). Para quem pretende dirigir no exterior é recomendado que se tire essa Carteira Internacional de Habilitação, já que não são todos os países que permitem que o motorista dirija com a habilitação de seu país de origem. O mais interessante é que o documento vem com as informações em vários idiomas, o que facilita a comunicação com as autoridades estrangeiras.

A versão internacional da Carteira de Habilitação foi estabelecida pelas Convenções Internacionais de 1926 e 1968, que inclui ainda os documentos estabelecidos pela Convenção Interamericana de Tráfego de 1943, e são aceitas nos países que participaram desses eventos. Em 2006, 100 países, incluindo o Brasil, assinaram um acordo segundo o qual se reconhece a PID como o único documento internacional de habilitação oficial. Porém, nações como os Estados Unidos, a Espanha e o Reino Unido não costumam exigi-lo. As locadoras de carros garantem que, se você tiver apenas o passaporte e sua carteira de motorista original, não necessita do PID. Mas na China e na Coréia do Sul, por exemplo, a PID é rigorosamente cobrada. A carteira é válida por um ano, porém não é renovável, se for o caso de fazer outra viagem após um ano será preciso tirá-la novamente.

Para obter a PID o motorista deve estar com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dentro do prazo de validade. Se a CNH vencer em menos de um ano a licença internacional será válida pelo mesmo período da carteira brasileira, ou seja, vence na mesma data. Para saber como fazer a melhor opção basta consultar o Departamento Estadual de Trânsito da sua região. 

Mercosul
Na maior parte dos países da América do Sul é permitido dirigir apenas de posse da Carteira de Identidade, porém ela precisa ser atual, ou seja, com menos de 10 anos da data de emissão. O documento do veículo precisa estar em nome do condutor. No caso de carros de terceiros é preciso uma autorização com os dados do proprietário e do automóvel, com firma reconhecida em cartório e devidamente legalizada no consulado do país a ser visitado. Além disso, também é necessário um seguro internacional contra terceiros, mais conhecido por Carta Verde.

Se a ideia é alugar um carro no Brasil para uma viagem entre países, saiba que as locadoras nacionais não permitem que o veículo alugado cruze fronteiras. Algumas podem até liberar a entrada no país vizinho, mas apenas até a primeira cidade após a divisa.

Argentina
- Carteira de identidade atual (menos de 10 anos) ou passaporte válido;
- Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
- Documento do automóvel;
- Seguro internacional contra terceiros;

Vale lembrar que as autoridades locais exigem um triangulo adicional, aproximadamente 2 metros de cabo de aço para guincho e espelho retrovisor do lado direito.


Chile
- Carteira de identidade atual (menos de 10 anos) ou passaporte válido;
- Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou Permissão Internacional para Dirigir (PID);
- Documento do automóvel;
- Seguro internacional contra terceiros;

As autoridades locais exigem correntes para serem colocadas nas rodas durante o período mais rigoroso do inverno na Cordilheira dos Andes (entre julho e agosto).

Paraguai
- Carteira de identidade atual (menos de 10 anos) ou passaporte válido;
- Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou Permissão Internacional para Dirigir (PID);
- Documento do automóvel;
- Seguro internacional contra terceiros;

As autoridades locais exigem um triângulo adicional. 


Uruguai
- Carteira de identidade atual (menos de 10 anos) ou passaporte válido;
- Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou Permissão Internacional para Dirigir (PID);
- Documento do automóvel;
- Seguro internacional contra terceiros;


Saiba que cada país tem as suas particularidades em relação a condução de veículos, tanto nas leis como também no comportamento, portanto é bom ficar atento. Em geral nos países da Europa o diesel é opção mais em conta. 

Demais países

Alemanha
- As auto estradas não contam com limite de velocidade. É um convite e tanto, mas convém não abusar do limite dos seus reflexos.

Auba
- A CNH é aceita, porém o condutor deve ter entre 21 e 70 anos.

China
- Lá a coisa é complicada e as regras para estrangeiros chegam a ser proibitivas. O ideal é alugar carro com motorista.

Estados Unidos
- A legislação muda em cada Estado, portanto é recomendável levar tanto a PID como também a CNH.
- Varia de região para região, mas em algumas cidades é permitido entrar à direita mesmo com o farol no vermelho.
- Se cometer uma infração de trânsito é provável que em poucos segundos apareça um carro de polícia na sua cola com a sirene ligada.
- Uma placa com a inscrição stop exige que o veículo pare totalmente, não basta reduzir a velocidade apenas.
- Ao encher o tanque de combustível saiba que você pode fazer isso sozinho e economizar alguns dólares, pois o serviço do frentista é cobrado.

França
- O pedágio é pago conforme a distância percorrida. Por isso fique esperto, ao sair de uma cidade você passa por uma cancela e pega um tíquete, que deverá ser inserido na máquina no momento de deixar a estrada, quando então é calculado o valor a ser cobrado.

Índia
- O trânsito é caótico e muitas vezes as placas de sinalização são escritas apenas no idioma local. Em razão disso é mais confortável optar pelo taxi ou mesmo por um carro com motorista bilíngue.

Inglaterra
- Tanto no Reino Unido quanto nos países de colonização britânica o volante fica do lado oposto, ou seja do lado direito. As mãos das ruas e das estradas são invertidas. Esses países são: África do Sul, Austrália, Índia, Nova Zelândia e Tailândia, além de Hong Kong e Japão.

Itália
- Assim como na França, o pedágio é pago conforme a distância percorrida.

Israel
- Assim como os estrangeiros podem se dar mal em certas regiões do Rio de Janeiro, o mesmo pode acontecer com um carro de placas amarelas que entra nos territórios palestinos ocupados por Israel. Nessa região as placas são verdes ou brancas.

Jamaica
- Além de levar a PID e também a CNH é bom ficar atento, pois lá o motorista precisa ter 25 anos ou mais.

Japão
- Para turistas estrangeiros é praticamente proibido dirigir, dada as dificuldades impostas.

Portugal
- A carteira brasileira vale por 3 meses, a partir da data carimbada no passaporte.


Suriname
- O condutor deve registrar a PID e a CNH brasileira no departamento de polícia local antes de pegar as ruas. 

Mais dicas para dirigir no exterior

- Antes de viajar é importante ter ao menos uma base do que é a legislação de trânsito do país que irá visitar.
- Certifique-se de que a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e a Permissão Internacional para Dirigir (PID) estão dentro do prazo de validade.
- Respeite os limites de velocidade. Na Europa e Estados Unidos a média é de 120 km/h nas rodovias principais e 90 km/h nas menores. Não será por falta de aviso, uma vez que as placas de sinalização estão por toda parte.
- Presta atenção na velocidade mínima. Alguns países da Europa multam por andar devagar demais. O ideal é nunca rodar abaixo da metade da velocidade máxima permitida. Se for 120 km/h, você deve andar no mínimo a 60km/h.
- Nos Estados Unidos e no Canadá nunca ultrapasse um ônibus escolar quando ele estiver estacionado para os alunos desembarcarem. O motorista do ônibus coloca um sinal de "stop" colado junto ao ônibus na lateral esquerda do veículo.
- Para quem for dirigir na neve fique atento aos pneus, que devem ser adequados para o clima.
- Em lugares com mão de trânsito contrária, como Londres, os especialistas recomendam sempre seguir outro carro, uma vez que o motorista de outras regiões pode se confundir e errar de faixa.
- Se você for parado pelos agentes de trânsito local, imediatamente se identifique com o nome, país de origem e motivo de estar ali. 

Relação de países onde a PID é aceita:

1.África do Sul (V)
2. Albânia (V)
3. Alemanha (V)
4. Angola (R)
5. Argélia (R)
6. Argentina (A) (V)
7. Austrália (R)
8. Áustria (V)
9. Azerbaidjão (V)
10. Bahamas (V)
11. Barein (V)
12. Belarus (Bielo-Rússia) (V)
13. Bélgica (V)
14. Bolívia (A) (V)
15. Bósnia-Herzegóvina (V)
16. Bulgária (V)
17. Canadá (R)
18. Cabo Verde (R)
19. Cazaquistão (V)
20. Chile (A) (V)
21. Cingapura (R)
22. Colômbia (R)
23. Coréia do Sul (R)
24. Costa do Marfim (V)
25. Costa Rica (R)
26. Croacia(V)
27. Cuba (V)
28. Dinamarca (V)
29. El Salvador (R)
30. Equador (R)
31. Eslováquia(V)
32. Eslovênia (V)
33. Espanha (R)
34. Estados Unidos (R)
35. Estônia (V)
36. Federação Russa (Rússia) (V)
37. Filipinas (V)
38. Finlândia (V)
39. França (V)
40. Gabão (R)
41. Gana (R)
42. Geórgia (V)
43. Grécia (R)
44. Guatemala (R)
45. Guiana (V)
46. Guiné- Bissau (R)
47. Haiti (R)
48. Holanda (R)
49. Honduras (R)
50. Hungria (V)
51. Indonésia (R)
52. Irã (V)
53. Israel (V)
54. I tália (V)
55. Kuweit (V)
56. Letônia (V)
57. Líbia (R)
58. Lituânia (V)
59. Luxemburgo (V)
60. Macedônia (V)
61. Marrocos (V)
62. México (R)
63. Moldávia (V)
64. Mônaco(V)
65. Mongólia (V)
66. Namíbia (R)
67. Nicarágua (R)
68. Níger (V)
69. Noruega (V)
70. Nova Zelândia (R)
71. Panamá (R)
72. Paquistão (V)
73. Paraguai (A) (V) (suspenso pela Portaria 005/2006-DG/PR)
74. Peru (A) (V)
75. Polônia (V)
76. Portugal (R)
77. Reino Unido (Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales) (R)
78. República Centro - Africana (V)
79. República da Sérvia (V)
80. República de Montenegro (V)
81. República Democrática do Congo (V)
82. República Tcheca (V)
83. República Dominicana (R)
84. Romênia (V)
85. San Marino (V)
86. São Tomé e Príncipe (R)
87. Seichelles (V)
88. Senegal (V)
89. Suécia (V)
90. Suíça (V)
91. Tadjiquistão (V)
92. Tunísia (V)
93. Turcomenistão (V)
94. Ucrânia (V)
95. Uruguai (A)(V)
96. Uzbequistão (V)
97. Venezuela (R)
98. Zimbábue (V)


Siglas de acordo ou de convenção com o Brasil: (V) - Convenção de Viena.


(A) - Acordo Sobre Regulamentação Básica Unificada de Trânsito entre Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.

(R) - Princípio de Reciprocidade

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