Multas crescem mais do que a frota de veículos na capital

O número de multas de trânsito aplicadas na cidade de São Paulo no ano passado aumentou 11,52%, passando das 6.254.256 multas em 2009 para 6.974.682 em 2010. Segundo o balanço da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o crescimento das multas foi superior ao aumento da frota da capital, que foi de 8,7%.

Pelo segundo ano consecutivo, os dois tipos de infrações que mais cresceram foram transitar na faixa exclusiva de ônibus e excesso de velocidade. O empresário José Roberto Amaral e sua filha Tatiana Amaral fazem parte desta estatística. A estudante foi multada na avenida Inajar de Souza, na Freguezia do Ó, zona norte de São Paulo, por invadir a faixa exclusiva de ônibus. A infração lhe custou R$ 85,13 e quatro pontos na carteira de habilitação. Já o empresário recebeu a notificação por excesso de velocidade. Ele dirigia a 50 km/h em uma rua em que a velocidade máxima permitida é 40 km/h. Segundo o motorista, não havia aviso anterior de velocidade reduzida na via.

Os cinco tipos de infração mais autuados permanecem os mesmos em relação a 2009: rodízio municipal de veículos, excesso de velocidade, estacionamento proibido, telefone celular e avanço de semáforo vermelho. Juntos, elas correspondem a 82% das multas aplicadas em 2010, segundo a CET.

Segundo Sérgio Ejzenberg, perito de acidentes e mestre em engenharia de transportes da Escola Politécnica da USP, a explicação para o crescimento no número de multas é a ampliação da fiscalização na cidade. "O aumento não só de equipamentos de fiscalização eletrônica, mas também de leitores automáticos de placas implicam o aumento das notificações", afirma.

Os equipamentos eletrônicos foram responsáveis pelo maior número de autuações. Atualmente, a cidade de São Paulo possui 547 radares em operação aptos a fiscalizar tais infrações.

TransferênciaO Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) adotou uma série de medidas para impedir a transferência ilegal de pontos, referentes a multas de trânsito. A partir de outubro de 2011, os dois motoristas envolvidos terão que registrar os pedidos em cartório para depois encaminhar a transferência para o Detran. Hoje, basta o motorista que assume a multa assinar um documento e mandar para o órgão. Um condutor perde a licença de sua carteira ao somar 20 pontos.

O engenheiro de tráfego acredita que a transferência não seja resolvida com burocracia. "É uma complicação que poderia ser resolvida através de fiscalização policial, porque esses condutores ou são verdadeiras 'bombas ambulantes', que conseguem levar várias multas por dia, ou estão descarregando pontos de outros motoristas, e isso é crime”, alerta.


fonte: www.band.com.br

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